segunda-feira, 15 de abril de 2013

'Foi desesperador', diz maratonista santista que está em Boston Corredor já havia terminado a prova quando ocorreu a explosão. Wladmir Kocerka mora há 15 anos na Flórida.


Um dos brasileiros que correram nesta segunda-feira (15) na Maratona de Boston, nos EUA, onde duas fortes explosões na chegada deixaram mortos e feridos, é de Santos, no litoral de São Paulo.
Wladmir Kocerka, que mora há 15 anos na Flórida, participou pela primeira vez da maratona este ano. O atleta conta que passou pela linha de chegada antes do momento em que as bombas foram detonadas. "Eu terminei a prova uma hora antes, vi o acontecido de longe. Foi horrível, desesperador, as pessoas estão muito abaladas”, descreve.
O maratonista diz que sua mulher estava, uma hora antes, no mesmo local das explosões. "Está todo mundo com medo que existam outras bombas. Está uma loucura, muito barulho de polícia, terrível”, explica Wladmir.

O caso

Duas fortes explosões deixaram mortos e feridos na chegada da Maratona de Boston, nos EUA, nesta segunda-feira (15). Segundo a polícia, as explosões foram causadas por duas bombas "poderosas".
A polícia de Boston confirmou dois mortos e 23 feridos, mas disse que esse número pode aumentar. O Hospital Geral de Massachusetts estava tratando 19 pessoas. O estado da saúde delas não foi divulgado. O "Boston Globe" afirmou que há mais de 100 pessoas sendo tratadas em hospitais locais.
O FBI (polícia federal dos EUA) afirmou que está tratando o caso como um atentado terrorista, segundo a CNN. As explosões geraram uma cena de caos na cidade, com feridos e escombros pela rua e movimento de paramédicos.
Por precaução, a agência de aviação civil dos EUA fechou o espaço aéreo sobre a região de Boston.
O incidente ocorreu no momento em que milhares de corredores terminavam a 117ª edicão da maratona, considerada a mais antiga do mundo, disputada desde 1897.
Muitas pessoas estavam no local, em clima festivo, esperando pela chegada dos corredores. Uma rádio local informou que a primeira explosão ocorreu perto de uma loja de equipamentos esportivos e a outra próximo a uma arquibancada.
Segunda a TV CBS, as duas explosões foram quase simultâneas. Elas teriam ocorrido por volta das 14h45 locais (15h45 de Brasília), na Boylston Street, altura do número 673, de acordo com uma repórter da WBZ-TV. Testemunhas falam ter visto feridos graves, com membros amputados, e muito sangue.
A prova deste ano era disputada por pelo menos 131 corredores brasileiros. O Itamaraty afirmou que não há registro de vítimas brasileiras. Um porta-voz do evento disse a jornalistas que o hotel que serve como sede da maratona foi bloqueado após a explosão e que ninguém teria permissão de sair ou entrar do prédio.
O site oficial da Maratona afirmou que foram duas bombas, mas a polícia ainda não havia confirmado a informação.

Terceira explosão

A polícia também informou que uma terceira explosão atingiu a Biblioteca e Museu Presidencial JFK, também em Boston. Rachel Day, porta-voz da biblioteca, disse que houve um incêndio no local, mas sem feridos.
A polícia afirmou que esta explosão não estava relacionada com as ocorridas na maratona. O comissário de polícia Ed Harris disse que não havia nenhuma ameaça anterior aos incidentes.
Ele negou boatos da imprensa de que um suspeito estaria sob custódia da polícia, mas disse que vários suspeitos estão sendo interrogados. Os policiais também pediram que a população não se reúna em grupos e que procure se manter em suas casas.




Nenhum comentário:

Colaboradores