Um dos brasileiros que correram nesta segunda-feira (15) na
Maratona de Boston, nos EUA, onde duas fortes explosões na chegada deixaram
mortos e feridos, é de Santos, no litoral de São Paulo.
Wladmir Kocerka, que mora há 15 anos na
Flórida, participou pela primeira vez da maratona este ano. O atleta conta que
passou pela linha de chegada antes do momento em que as bombas foram detonadas.
"Eu terminei a prova uma hora antes, vi o acontecido de longe. Foi
horrível, desesperador, as pessoas estão muito abaladas”, descreve.
O maratonista diz que sua mulher estava,
uma hora antes, no mesmo local das explosões. "Está todo mundo com medo
que existam outras bombas. Está uma loucura, muito barulho de polícia,
terrível”, explica Wladmir.
O caso
Duas fortes explosões deixaram mortos e feridos na chegada da Maratona de Boston, nos EUA, nesta segunda-feira (15). Segundo a polícia, as explosões foram causadas por duas bombas "poderosas".
A polícia de Boston confirmou dois mortos e
23 feridos, mas disse que esse número pode aumentar. O Hospital Geral de
Massachusetts estava tratando 19 pessoas. O estado da saúde delas não foi
divulgado. O "Boston Globe" afirmou que há mais de 100 pessoas sendo
tratadas em hospitais locais.
O FBI (polícia federal dos EUA) afirmou que
está tratando o caso como um atentado terrorista, segundo a CNN. As explosões
geraram uma cena de caos na cidade, com feridos e escombros pela rua e
movimento de paramédicos.
Por precaução, a agência de aviação civil
dos EUA fechou o espaço aéreo sobre a região de Boston.
O incidente ocorreu no momento em que milhares de corredores
terminavam a 117ª edicão da maratona, considerada a mais antiga do mundo,
disputada desde 1897.
Muitas pessoas estavam no local, em clima
festivo, esperando pela chegada dos corredores. Uma rádio local informou que a
primeira explosão ocorreu perto de uma loja de equipamentos esportivos e a
outra próximo a uma arquibancada.
Segunda a TV CBS, as duas explosões foram
quase simultâneas. Elas teriam ocorrido por volta das 14h45 locais (15h45 de
Brasília), na Boylston Street, altura do número 673, de acordo com uma repórter
da WBZ-TV. Testemunhas falam ter visto feridos graves, com membros amputados, e
muito sangue.
A prova deste ano era disputada por pelo menos 131 corredores brasileiros. O Itamaraty
afirmou que não há registro de vítimas brasileiras. Um porta-voz do evento
disse a jornalistas que o hotel que serve como sede da maratona foi bloqueado
após a explosão e que ninguém teria permissão de sair ou entrar do prédio.
O site oficial da Maratona afirmou que
foram duas bombas, mas a polícia ainda não havia confirmado a informação.
Terceira explosão
A polícia afirmou que esta explosão não
estava relacionada com as ocorridas na maratona. O comissário de polícia Ed
Harris disse que não havia nenhuma ameaça anterior aos incidentes.
Ele negou boatos da imprensa de que um
suspeito estaria sob custódia da polícia, mas disse que vários suspeitos estão
sendo interrogados. Os policiais também pediram que a população não se reúna em
grupos e que procure se manter em suas casas.
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